São Paulo, 07 de outubro de 2025 – Disponível na Netflix desde 3 de outubro, a minissérie “Monstro: A História de Ed Gein” reconstrói a trajetória do notório assassino norte-americano mesclando fatos reais e elementos ficcionais. A produção acompanha Gein desde o nascimento, em Plainfield (Wisconsin), até a prisão em um hospital psiquiátrico, destacando como seus crimes passaram a influenciar o imaginário popular.
Infância e isolamento
Ed Gein cresce sob forte repressão da mãe, Augusta, uma fanática religiosa que considerava as mulheres moralmente corruptas. Com o pai ausente e o irmão morto em circunstâncias nunca esclarecidas, o garoto passa a viver em completo isolamento. A série insinua que o próprio Ed matou o irmão – algo jamais comprovado na vida real.
Desvios ficcionais
Para ampliar o enredo, a Netflix acrescenta tramas inéditas, como o suposto romance com Adeline Watkins e diálogos frequentes de Gein com os corpos de familiares mortos. A produção também insere a figura de Ilse Koch, conhecida por confeccionar objetos com pele de prisioneiros judeus durante a Segunda Guerra Mundial, apresentando-a como inspiração macabra para o protagonista.
Escalada de crimes
Vivendo recluso, Gein começa a profanar túmulos e a assassinar mulheres. A série sugere que ele tirou a vida de várias vítimas além das duas confessadas, exibindo móveis, máscaras e outros objetos feitos de restos humanos encontrados em sua propriedade.
O assassinato que levou à captura
A narrativa culmina em 16 de novembro de 1957, quando Bernice Worden, dona de uma loja de ferramentas, desaparece. Investigadores encontram vestígios do corpo em meio a artefatos macabros na fazenda de Gein. Embora a polícia suspeite de até 200 assassinatos, o réu admite apenas duas mortes.
Julgamento e internação
Considerado incapaz de enfrentar julgamento, Gein é diagnosticado com esquizofrenia e enviado a uma instituição psiquiátrica, onde passa o restante da vida. Enquanto isso, Adeline divulga detalhes dos crimes à imprensa, transformando a casa do assassino em ponto turístico e objetos pessoais em peças de leilão.
Imagem: Internet
Desfecho ficcional
Nos capítulos finais, a série deixa a realidade e mostra Gein tendo visões de massacres, auxiliando o FBI na captura de Ted Bundy e, após a própria morte, sendo carregado por Ed Kemper, Charles Manson e Bundy em um funeral simbólico. Seu túmulo, na trama, recebe a proteção de personagens inspirados em sua história, como Norman Bates, Buffalo Bill e Leatherface.
Com esse misto de fatos e invenções, “Monstro: A História de Ed Gein” encerra a temporada questionando até que ponto a figura do criminoso se confunde com o olhar da sociedade que o transformou em lenda.
Com informações de TecMundo