Somente números não explicam a produtividade, aponta especialista

Uma série de demissões em grandes empresas reacendeu o debate sobre a forma mais justa de medir produtividade. Planilhas que exibem metas, entregas e relatórios são suficientes para avaliar o trabalho de uma equipe? Para a especialista em gestão Andréa Migliori, a resposta é não.

Em artigo publicado em 08/10/2025, às 15h00, a CEO e fundadora da HRTech Workhub argumenta que dados isolados podem levar a conclusões simplistas: se o número de entregas está baixo, o profissional é rotulado como improdutivo. “A produtividade dificilmente é um problema individual”, afirma. Segundo ela, desempenho depende de três pilares principais: clareza de objetivos, consistência da comunicação interna e engajamento do time.

Migliori exemplifica o impacto de metas mal explicadas. Uma equipe pode passar semanas produzindo algo fora das prioridades estratégicas apenas por falhas de comunicação, gerando desperdício de tempo e esforço. Na planilha, porém, surgirá apenas a informação de que a meta não foi cumprida, sem revelar o contexto que levou ao resultado.

O engajamento segue lógica semelhante. Quando as tarefas não estão conectadas ao propósito maior da empresa, a conclusão de um projeto não se traduz em motivação para o próximo desafio. “Mesmo com a entrega concluída, o desânimo pode prevalecer”, alerta a executiva.

A liderança também precisa entrar na equação. Sem avaliar como a equipe é orientada, a narrativa sobre produtividade fica enviesada. Migliori questiona se há feedback estruturado, distribuição justa de tarefas e recursos suficientes para a execução do trabalho.

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Isso não significa ignorar números. A CEO defende que as métricas de entrega sejam cruzadas com indicadores de comunicação, clareza e engajamento, formando uma análise integrada. “Dados são fundamentais, mas só quando interpretados com inteligência”, ressalta.

Para a executiva, decisões tomadas com base em números parciais podem custar caro: perda de talentos, reputação abalada e cultura organizacional fragilizada. A Workhub, comandada por Migliori, integra inteligência artificial a intranets corporativas e atende mais de 240 mil usuários, oferecendo soluções voltadas justamente ao engajamento interno.

Com informações de TecMundo