Nanotecnologia reverte progressão do Alzheimer em testes com camundongos

Pesquisadores relatam ter conseguido interromper o avanço do Alzheimer em camundongos ao restaurar a integridade da barreira hematoencefálica por meio de nanotecnologia. O estudo foi publicado na revista científica Signal Transduction and Targeted Therapy.

A equipe desenvolveu nanopartículas que imitam a proteína LRP1, encarregada de retirar toxinas da barreira que separa o sangue do tecido cerebral. Em indivíduos com Alzheimer, essa barreira costuma ficar obstruída, dificultando a passagem de nutrientes e a remoção de substâncias nocivas.

No experimento, os roedores foram geneticamente modificados para produzir quantidades elevadas de proteínas beta-amilóide, condição que gera déficits cognitivos semelhantes aos observados na doença humana. Cada animal recebeu três aplicações da nova formulação e foi monitorado durante seis meses.

Os resultados apontaram melhora significativa: uma das cobaias voltou a apresentar comportamentos equivalentes aos de camundongos saudáveis. Segundo os autores, a estratégia mostra potencial para futuras terapias, embora sejam necessários ensaios adicionais a fim de comprovar a segurança e a eficácia em humanos.

Com informações de Olhar Digital