São Paulo, 8 de outubro de 2025 — Silent Hill f, novo capítulo da franquia de terror da Konami, foi lançado para PC e consoles, mas recebeu críticas contundentes por oferecer recursos limitados de acessibilidade. A avaliação foi publicada pelo Voxel às 21h15, com atualização às 21h18 do mesmo dia.
Interface praticamente sem ajustes
De acordo com o levantamento assinado por Yago Gonçalves Prazeres, o jogo não permite aumentar fontes de menus, redimensionar a HUD ou alterar contraste. Também não há suporte a leitores de tela. As únicas opções disponíveis são três filtros de daltonismo — deuteranopia, protanopia e tritanopia.
Legendas personalizáveis, mas incompletas
O título oferece configuração de tamanho, fonte, cor, identificação do interlocutor e aplicação de fundo para as legendas. Entretanto, faltam legendas descritivas de áudio, ferramenta considerada essencial para jogadores surdos ou com deficiência auditiva.
Dificuldade restrita
Silent Hill f disponibiliza apenas dois níveis: um focado em ação e outro em quebra-cabeças. Não existe modo voltado exclusivamente para a narrativa nem opções mais desafiadoras, o que limita a experiência para diferentes perfis de jogadores.
Controles sem remapeamento total
No PlayStation 5, o jogo apresenta apenas três esquemas pré-definidos (A, B e C) e não permite remapear todos os botões. Faltam ainda ajustes de zona morta dos analógicos. As configurações se resumem a sensibilidade padrão, inversão de eixo, forma de correr e vibração do DualSense.
Jogabilidade com poucas ajudas
Em combate, inimigos emitem sons constantes e um efeito sonoro indica o momento de executar parry ao ativar a habilidade de concentração da protagonista, o que auxilia parcialmente pessoas com baixa visão. Ainda assim, não há recursos de navegação, e grande parte dos quebra-cabeças depende exclusivamente de elementos visuais, gerando barreiras adicionais.
Imagem: Internet
Experiência marcada pela frustração
O autor da análise, jogador com baixa visão que recebeu uma chave de PS5 da Konami, relatou dificuldade para concluir a campanha, recorrendo a tutoriais externos. A única funcionalidade considerada satisfatória foram os filtros para daltonismo.
Com a ausência de recursos considerados básicos no mercado, a avaliação do Voxel conclui que Silent Hill f representa mais uma decepção em acessibilidade em 2025 e recomenda, para quem busca opções inclusivas na série, o Remake de Silent Hill 2.
Com informações de TecMundo