Série da Netflix altera detalhes da história de Ed Gein; veja seis diferenças entre ficção e realidade

A recém-lançada “Monstros: A História de Ed Gein”, produzida por Ryan Murphy e disponível na Netflix, recria a trajetória de um dos criminosos mais perturbadores dos Estados Unidos. Embora baseada em fatos, a produção de oito episódios com Charlie Hunnam no papel principal faz mudanças pontuais para efeito dramático. A seguir, confira seis divergências entre o que é mostrado na tela e os registros oficiais.

1. Roubo de túmulos aconteceu, mas com nuances

Assim como visto na série, Ed Gein monitorava obituários e frequentava cemitérios para remover partes de corpos. Investigações apontam cerca de 40 visitas entre 1947 e 1952, com restos mortais de nove mulheres retirados. Em apenas uma ocasião ele levou um cadáver inteiro.

2. Canibalismo e necrofilia não faziam parte dos crimes

Apesar da brutalidade de seus atos, Gein negou ter praticado canibalismo ou necrofilia, alegando aos investigadores que os corpos “cheiravam muito mal”.

3. Número de vítimas é menor que o mostrado

O assassino confessou dois homicídios: Mary Hogan, em 1954, e Bernice Worden, em 1957, ambas mortas a tiros. Na produção, ele também assume a morte do irmão, Henry Gein, mas documentos oficiais registram o caso como acidente durante um incêndio na fazenda familiar. A série ainda sugere o homicídio de uma enfermeira no hospital onde Gein foi internado, fato inexistente nos autos.

4. Relação com Bernice Worden não é comprovada

Na ficção, Gein mantém envolvimento sexual com Bernice Worden. Não há evidências históricas de qualquer contato íntimo entre eles. O criminoso afirmou aos médicos jamais ter tido experiências sexuais. A prisão dele também difere: ocorreu depois que a polícia encontrou um recibo de venda de anticongelante assinado por Worden, e não por causa de uma etiqueta de presente, como retratado na série.

5. Vizinhos o contratavam como babá

Diferentemente da imagem de vizinho ameaçador exibida na trama, Gein era visto pela comunidade de Plainfield, Wisconsin, como alguém confiável para pequenos serviços, inclusive cuidar de crianças. Não há registros de que ele tenha levado menores para sua casa. A babá Evelyn Hartley, mostrada como vítima, realmente desapareceu, mas não há ligação comprovada com o serial killer.

6. Inspiração para clássicos do terror é real

Os crimes de Ed Gein influenciaram obras consagradas do gênero. Entre elas, o livro e o filme “Psicose”, que originaram o personagem Norman Bates; Leatherface, de “O Massacre da Serra Elétrica”; e Buffalo Bill, de “O Silêncio dos Inocentes”.

“Monstros: A História de Ed Gein” está disponível na Netflix com oito episódios.

Com informações de TecMundo