A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal instaurou um inquérito para descobrir como páginas oficiais do governo passaram a exibir links que direcionam para plataformas de IPTV ilegais. A investigação, anunciada em 5 de novembro de 2025, busca rastrear a origem das ligações e entender de que forma os portais públicos foram explorados para facilitar o acesso a canais pagos sem licença.
Objetivo é identificar falhas e responsáveis
Segundo a PJ, estão sendo feitas diligências para recolher vestígios digitais que auxiliem a mapear o percurso dos dados. Os peritos avaliam se a inserção dos links decorreu de brecha de segurança, erro técnico ou manipulação deliberada das páginas. A corporação afirma conduzir o processo com prioridade máxima para evitar novos episódios semelhantes.
Risco à confiança nas plataformas governamentais
A presença de conteúdos piratas em sites oficiais gera preocupação entre especialistas em cibersegurança, que alertam para a possível perda de confiança dos cidadãos nas plataformas estatais e para a exposição de vulnerabilidades nos sistemas do governo.
Pirataria em alta no país
Entidades de defesa dos direitos autorais afirmam que a pirataria via IPTV continua a crescer em Portugal, prejudicando operadoras e produtores de conteúdo. “É alarmante ver portais governamentais associados, ainda que indiretamente, a serviços ilegais”, declarou António Paulo Santos, representante de uma associação de gestão de direitos autorais.
Nos últimos anos, operações conjuntas em nível nacional e europeu resultaram no bloqueio de domínios, na apreensão de equipamentos e na prisão de administradores de redes piratas. Apesar disso, o custo baixo e o fácil acesso às plataformas ilegais mantêm a popularidade do serviço.
Imagem: Internet
Por ora, a PJ concentra-se na coleta de provas e no rastreamento de acessos às páginas afetadas. O processo será encaminhado ao Poder Judiciário assim que houver elementos suficientes para determinar eventuais responsabilidades.
Com informações de Pplware
