EUA admitem liberar GPUs NVIDIA Blackwell para a China somente quando estiverem tecnicamente defasadas

A venda das GPUs da arquitetura Blackwell da NVIDIA à China pode acontecer, mas apenas depois de ficarem ultrapassadas em relação ao estado da arte. A condição foi mencionada pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em entrevista concedida à CNBC.

Segundo Bessent, a linha Blackwell é tratada hoje como “a joia da coroa” tecnológica norte-americana. Ele afirmou que os chips poderão ser exportados quando estiverem “dois, três ou quatro níveis abaixo” dos modelos mais eficientes disponíveis no mercado. A declaração não representa uma política oficial, mas indica a postura do governo de Washington em relação à chegada desses componentes ao mercado chinês.

O posicionamento contrasta com declarações anteriores do ex-presidente Donald Trump, que disse não pretender permitir a entrega de qualquer GPU Blackwell ao país asiático. A Casa Branca tem imposto seguidas restrições à exportação de hardware avançado, considerando a inteligência artificial um fator decisivo para a competitividade geopolítica.

Para a NVIDIA, a barreira pode abrir espaço para fabricantes locais. A companhia comandada por Jensen Huang já advertiu que sua ausência favorecerá o crescimento de concorrentes chinesas, em um cenário no qual o próprio governo de Pequim incentiva o desenvolvimento interno de semicondutores. Autoridades chinesas chegaram a alegar que modelos como a GPU H20 conteriam “recursos de espionagem” embutidos.

Enquanto aguarda definições, a NVIDIA desenvolve a sucessora das GPUs Blackwell, batizada de Vera Rubin. A empresa, no entanto, avalia que a adoção da nova geração será gradual, pois muitos parceiros ainda têm encomendas pendentes dos chips atuais.

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O impasse reflete a prioridade que os Estados Unidos atribuem à inteligência artificial. Para Washington, dominar a tecnologia primeiro garantirá vantagem estratégica em disputas econômicas e militares.

Com informações de Adrenaline