Chefe de hardware desponta como favorito para suceder Tim Cook na Apple

A Apple pode mudar significativamente seu quadro de executivos nos próximos meses, segundo informações do colunista Mark Gurman, da Bloomberg. Possíveis aposentadorias e saídas de alto escalão abrem caminho para que John Ternus, vice-presidente sênior de Engenharia de Hardware, seja o principal nome para assumir o comando da companhia caso Tim Cook deixe o cargo de CEO.

Executivos em rota de saída

De acordo com Gurman, a empresa já comunicou internamente algumas mudanças para suavizar a transição. Entre as alterações previstas ou ventiladas estão:

  • aposentadoria de Jeff Williams, diretor de operações (COO) e antigo favorito à sucessão de Cook, anunciada em julho;
  • possível saída de Johny Srouji, responsável pelos chips das séries “M” e “A” e pelo futuro modem próprio da Apple;
  • discussões sobre a aposentadoria de Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas de sustentabilidade há mais de dez anos;
  • incerteza quanto ao futuro de John Giannandrea, chefe de inteligência artificial, após desempenho considerado aquém do esperado e atrasos na nova Siri.

No caso da IA, a Apple estaria avaliando a contratação de um executivo sênior da Meta para comandar a área, ainda segundo a publicação.

John Ternus ganha força

Funcionário da Apple desde 2001, John Ternus ocupa o cargo de vice-presidente sênior de Engenharia de Hardware há 12 anos. Ele supervisiona o desenvolvimento de produtos como iPhone, iPad, Mac e AirPods. Gurman aponta Ternus como o sucessor mais provável de Tim Cook, repetindo aposta feita pelo próprio jornalista no ano passado.

Recorde de permanência de Tim Cook

Tim Cook tornou-se CEO em agosto de 2011, após o afastamento de Steve Jobs, e já ostenta o recorde de maior tempo no cargo dentro da história da Apple. Prestes a completar 65 anos em novembro, o executivo declarou que não pretende se aposentar nos moldes tradicionais e poderia migrar para um posto com menor envolvimento diário, como a presidência do conselho.

Em janeiro, Cook elevou seu pacote salarial e reforçou a parceria com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de aumentar investimentos e produção no país, além de mitigar impactos de tarifas sobre produtos da Apple.

Apesar das movimentações internas, Cook não definiu uma data para deixar o posto, e a empresa ainda não oficializou qualquer sucessão.

Com informações de TecMundo