A China deixou claro que pretende disputar espaço no desenvolvimento de superinteligência artificial. O recado foi dado durante a conferência Alibaba Cloud, quando o CEO da companhia, Eddie Wu, dedicou 23 minutos de seu discurso a um tema exibido no telão como “Roteiro para a Superinteligência Artificial”.
Segundo Wu, alcançar a Inteligência Artificial Geral (AGI) – sistemas com cognição de nível humano – é agora “inevitável”. Para o executivo, esse estágio representa apenas o ponto de partida: “chegar lá nos levará a uma era de inteligência sem precedentes”, afirmou.
Primeira manifestação aberta de um gigante chinês
A fala é uma das primeiras em que uma grande empresa de tecnologia chinesa aborda publicamente a busca por super IA. A apresentação reforça a intenção de Pequim de competir com os Estados Unidos, que já discutem o tema há anos no Vale do Silício.
Competição com os EUA ganha novo capítulo
Especialistas ouvidos pela NBC News observam objetivos distintos entre as duas potências. Enquanto as empresas norte-americanas pressionam para avançar rumo à superinteligência – e, segundo alguns analistas, podem estar perdendo o foco nesse processo – a China mantém maior ênfase em aplicações práticas de curto prazo.
No setor de robótica, há quem considere que os chineses já ultrapassaram os EUA. Com a super IA no radar, a rivalidade tecnológica tende a se intensificar.
Debate internacional continua
Nos Estados Unidos, o tema não é novo. Em maio de 2023, a OpenAI publicou um artigo sobre modelos de IA superinteligente seguros. A Meta criou uma divisão específica para superinteligência, enquanto a Apple divulgou estudo questionando evidências de que sistemas supostamente superinteligentes estejam de fato próximos da realidade.
Imagem: Ascannio
Apesar do entusiasmo de parte da indústria, há especialistas que ainda duvidam da viabilidade técnica de uma super IA no curto prazo.
Com a entrada declarada da China, a corrida global por inteligência artificial de próxima geração ganha novo fôlego e coloca as duas maiores economias do mundo em lados opostos de mais uma fronteira tecnológica.
Com informações de Olhar Digital
