Dez animações que parecem infantis, mas tratam de temas pesados

Animações costumam ser associadas a histórias infantis, cenários coloridos e finais felizes. No entanto, alguns longas do gênero utilizam o formato para abordar guerras, luto, violência e questões sociais complexas. Confira dez produções que, apesar da aparência “fofa”, carregam tramas sombrias e impactantes.

Em Busca do Vale Encantado (1988)

Dirigido por Don Bluth, o clássico acompanha um jovem brontossauro órfão que atravessa territórios hostis ao lado de novos amigos para reencontrar a família. A aventura inclui passagens sobre fome, escassez, preconceito e luto.

Pinóquio (2022)

Na versão de Guillermo del Toro, o boneco criado por Gepeto ganha vida em plena Itália fascista, entre as duas guerras mundiais. O protagonista morre e ressuscita várias vezes, e o final mostra Pinóquio sozinho após enterrar todos que amava.

A Casa Monstro (2006)

Produzido por Robert Zemeckis e Steven Spielberg, o filme segue três crianças que descobrem que a residência mal-assombrada do bairro é, na verdade, um ser vivo. O roteiro revela uma história de amor interrompida por bullying, tragédia e luto.

O Cão e a Raposa (1981)

A animação da Disney narra a amizade entre uma raposa órfã e um cão de caça. Quando crescem, pressões externas transformam os amigos em inimigos, e o desfecho quebra o tradicional “final feliz” do estúdio.

A Fuga das Galinhas (2000)

No primeiro longa da Aardman, dirigido por Peter Lord e Nick Park, galinhas planejam escapar de uma granja inglesa. A vigilância constante e a instalação de uma máquina de tortas remetem a campos de extermínio e ao Holocausto.

A Longa Jornada (1978)

Adaptado por Martin Rosen do livro de Richard Adams, o enredo mostra coelhos que fogem de sua toca após visões de destruição. A obra exibe violência gráfica, sangue e até canibalismo, apesar da classificação “12 anos”.

O Gigante de Ferro (1999)

Situado nos Estados Unidos da Guerra Fria, o longa de Brad Bird conta a amizade entre um garoto e um robô alienígena. O roteiro aborda medo, preconceito e a tendência humana de destruir o que não compreende.

Túmulo dos Vagalumes (1988)

Produzido pelo Studio Ghibli, o filme retrata a luta dos irmãos Seita e Setsuko para sobreviver aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial após perderem os pais. A história é baseada no relato do veterano Akiyuki Nosaka.

Persépolis (2007)

Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi adaptam a graphic novel autobiográfica de Satrapi. A trama segue Marji, que presencia a Revolução Iraniana aos nove anos, desafia o regime fundamentalista e enfrenta choques culturais ao ser enviada para a Áustria.

Princesa Mononoke (1997)

Outra produção do Studio Ghibli, dirigida por Hayao Miyazaki, apresenta o conflito entre espíritos da floresta e a colônia industrial de Tataraba. Temas como desmatamento, modernização e violência humana conduzem a narrativa de Ashitaka, San e Lady Eboshi.

Com informações de Olhar Digital