O Google Japão apresentou um protótipo de teclado físico que troca as tradicionais fileiras de teclas QWERTY por nove discos circulares, nos quais o usuário precisa girar o mostrador, como em telefones de discagem, para selecionar cada caractere.
Como funciona
Cada disco traz furos correspondentes a letras, números, pontuação ou comandos de navegação. Para digitar, o usuário insere o dedo no orifício da letra desejada, gira o disco até o batente e solta. O componente então retorna à posição original, preparado para o próximo caractere.
Há mostradores separados para:
- Alfabeto;
- Números;
- Navegação (setas);
- Pontuação e símbolos;
- Funções diversas.
A tecla Enter é representada por um disco maior, localizado ao centro, operado pelo mesmo mecanismo de giro.
Inspirado no retrô, aberto ao público
Segundo o Google Japão, o projeto combina nostalgia — remetendo a telefones de mesa do século passado — com hardware atual. O design foi disponibilizado gratuitamente no GitHub, com plantas e arquivos 3D para quem quiser construir o próprio dispositivo. O conceito, porém, não será comercializado pela empresa.
Imagem: Divulgação
Por que repensar o QWERTY?
O arranjo QWERTY surgiu em 1870, quando o inventor Christopher Lathan Sholes precisou evitar o travamento das hastes das máquinas de escrever. Desde então, alternativas como AZERTY ou DVORAK pouco alteraram a disposição de teclas lado a lado. A proposta do Google Japão, inicialmente criada como brincadeira de 1º de abril em 2021, explora formatos não convencionais de entrada de texto.
Apesar do apelo visual, a ergonomia ainda é questionável: letras como “Q” e “A” exigem um giro maior do que “P”, “L” ou “M”, o que pode tornar a digitação mais lenta.
Com informações de Olhar Digital