Documentos privados de Isaac Newton indicam que o físico e matemático inglês projetou para o ano de 2060 um acontecimento que mudaria radicalmente a ordem mundial. As anotações, baseadas em cálculos feitos a partir de passagens bíblicas, ficaram guardadas por séculos e só vieram a público no início dos anos 2000.
Referências bíblicas nos cálculos
Nos textos, Newton aplica números presentes nos livros de Daniel e Apocalipse, como os “2300 dias”, “1290 dias” e o período descrito como “tempo, tempos e metade de um tempo”. Ele estabelece limites para cada intervalo:
- 2300 anos não terminariam antes de 2132 nem depois de 2370;
- “Tempo, tempos e metade de um tempo” não acabaria antes de 2060 nem depois de 2344;
- 1290 dias não se encerrariam antes de 2090 nem depois de 2374.
O estudioso menciona ainda figuras simbólicas — como o “pequeno chifre do bode” — ao relacionar eventos históricos, entre eles a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a ascensão do papado no século XI.
Interpretação sobre o “fim”
Para Stephen D. Snobelen, professor de história da ciência e tecnologia do Kings College (Halifax), Newton acreditava que 2060 marcaria a volta de Cristo, a queda de Babilônia e o estabelecimento de um reino global de paz, não necessariamente o fim do planeta.
Preocupação com especulações
Consciente da polêmica que a previsão poderia causar, Newton advertiu que divulgar datas exatas poderia levar ao descrédito das Escrituras caso se mostrassem erradas. “Cristo vem como um ladrão na noite, e não nos cabe saber os tempos e as estações”, registrou o cientista.
Imagem: GeorgiosArt
Embora seja lembrado pelas leis do movimento e da gravitação universal, o interesse de Newton pelo ocultismo e por profecias apocalípticas reforça a amplitude de seus estudos além da física clássica.
Com informações de Olhar Digital

