No dia 7 de novembro, data de nascimento de Marie Skłodowska-Curie (1867-1934), a comunidade científica recorda as descobertas que colocaram a pesquisadora polonesa entre os nomes mais influentes da física e da química modernas.
1. Criação do conceito de radioatividade
Em 1896, após observar que sais de urânio emitiam energia de forma espontânea, Curie cunhou o termo radioatividade para descrever o fenômeno e demonstrou que a intensidade da radiação está diretamente ligada à quantidade de urânio presente no material.
2. Descoberta do polônio e do rádio
Trabalhando com Pierre Curie, a pesquisadora isolou dois novos elementos químicos em 1898: o polônio, batizado em homenagem à Polônia, e o rádio, caracterizado pela emissão intensa de radiação.
3. Desenvolvimento de técnicas para isolar isótopos
Os métodos criados por Curie para obter substâncias radioativas em estado puro abriram caminho para o avanço da medicina nuclear, permitindo diagnósticos mais precisos e terapias inovadoras.
4. Dupla premiação no Nobel
Em 1903, Marie Curie tornou-se a primeira mulher laureada com o Nobel de Física, dividido com Pierre Curie e Henri Becquerel. Oito anos depois, recebeu o Nobel de Química (1911) pela descoberta do polônio e do rádio, feito que a mantém como a única pessoa a vencer o prêmio em duas áreas científicas diferentes.
Imagem: lesst
5. Fundação do Instituto Curie
Em 1920, a cientista criou o Instituto Curie, em Paris, dedicado à pesquisa e ao tratamento do câncer. A instituição permanece como referência mundial em oncologia, combinando investigação básica e aplicação clínica.
De Varsóvia, onde nasceu sob ocupação russa, a Paris, onde concluiu estudos na Sorbonne em 1893 e 1894, Marie Curie superou barreiras impostas às mulheres da época e deixou um legado que segue impulsionando avanços científicos e médicos mais de um século depois.
Com informações de Olhar Digital
