O Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciou, em 7 de outubro de 2025, o TX-GAIN, supercomputador voltado a inteligência artificial considerado o mais poderoso instalado em uma universidade norte-americana.
Desempenho e arquitetura
Desenvolvido pelo Lincoln Laboratory Supercomputing Center (LLSC), o sistema alcança 2 quintilhões de operações de IA por segundo, ou 2 exaflops, desempenho que o coloca entre os melhores do mundo na lista TOP500. A máquina reúne mais de 600 aceleradores NVIDIA GPU, projetados para processar cálculos intensivos de aprendizagem de máquina sem perder eficiência em simulações e análises de dados.
Aplicações em pesquisa
Concebido para modelos de inteligência artificial generativa, o TX-GAIN já apoia investigações em múltiplas frentes, como:
- avaliação de assinaturas de radar;
- complemento de dados meteorológicos faltantes;
- detecção de anomalias em tráfego de rede;
- exploração de interações químicas para desenvolvimento de novos medicamentos e materiais.
Segundo Jeremy Kepner, fundador e diretor do LLSC, a infraestrutura deve acelerar descobertas em disciplinas que vão de simulações físicas a análises complexas de big data.
Impacto na biologia computacional
O pesquisador Rafael Jaimes destacou que o supercomputador amplia a capacidade de modelar proteínas, permitindo estudar um número maior de interações e moléculas com estrutura mais complexa, algo essencial para a caracterização de agentes biológicos de interesse em defesa.
Imagem: Framalicious
Parcerias e sustentabilidade
O MIT mantém cooperação com o Department of Air Force-MIT AI Accelerator, iniciativa que aplica recursos de IA em projetos da Força Aérea e da Força Espacial dos Estados Unidos. O TX-GAIN está instalado em Holyoke, Massachusetts, em um data center que prioriza eficiência energética, reforçando o compromisso da instituição com práticas sustentáveis.
Além de pesquisas em segurança aérea e navegação autônoma já realizadas pelo LLSC, a nova máquina expande a infraestrutura de alto desempenho necessária para manter a competitividade do MIT em ciência e engenharia baseadas em dados.
Com informações de Olhar Digital
