A Nvidia se comprometeu a pagar a nova taxa anual de US$ 100 mil para a emissão de vistos H-1B de seus funcionários estrangeiros nos Estados Unidos. A decisão foi comunicada pelo CEO Jensen Huang em um memorando interno obtido pelo Business Insider e enviado aos colaboradores da companhia.
No documento, Huang destacou que “o milagre da Nvidia” só foi possível graças à imigração e afirmou que esse fator também ajudou os Estados Unidos a conquistar liderança em tecnologia e inovação. Segundo ele, a empresa continuará recrutando talentos internacionais e cobrirá integralmente todos os custos relacionados ao visto.
Taxa criada pelo governo Trump
Em setembro, o governo de Donald Trump elevou a cobrança para o visto H-1B — destinado a profissionais altamente qualificados — de cerca de US$ 1,5 mil para US$ 100 mil por ano. A medida faz parte de uma política mais restritiva à imigração, com a justificativa de incentivar a contratação de trabalhadores norte-americanos.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que as companhias deverão avaliar se um funcionário “vale” o desembolso anual ou se devem optar por contratar um cidadão do país. A mudança afeta especialmente empresas do Vale do Silício, que dependem amplamente de mão de obra estrangeira.
Levantamento dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA aponta que Amazon, Microsoft e Meta somaram 20 mil aprovações de vistos H-1B apenas em 2025, ilustrando a importância do programa para o setor.
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Reação do mercado
Em 3 de outubro, uma coalizão que reúne companhias de tecnologia, varejo e manufatura enviou carta à administração norte-americana alertando que o aumento das taxas pode gerar impactos econômicos severos e reduzir a competitividade do país em inovação. Até o momento, não há indicação de que o governo reconsiderará a cobrança.
A Nvidia declarou que não fará comentários adicionais sobre o assunto.
Com informações de TecMundo