Uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu dez suspeitos de integrar uma organização criminosa acusada de aplicar o “golpe do falso advogado” e causar prejuízo superior a R$ 1,4 milhão no Distrito Federal. As ordens judiciais, cumpridas em São Paulo e Guarulhos, incluíram ainda 13 mandados de busca e apreensão.
Esquema usava dados reais de processos
De acordo com as investigações, abertas após cerca de 30 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre de 2025, os golpistas obtinham dados sigilosos de processos judiciais para tornar o contato mais convincente. Ao ligar para as vítimas, apresentavam-se como advogados responsáveis pela ação e afirmavam que o cliente havia vencido a causa, mas precisava pagar taxas supostamente urgentes para liberar o valor a receber.
A combinação de informações verídicas com a criação de senso de urgência levava as vítimas a transferir quantias elevadas antes de consultarem seus verdadeiros representantes legais ou verificarem o processo nos portais oficiais.
Como funciona o golpe
O roteiro identificado pela polícia segue os seguintes passos:
- Obtenção ilícita de informações detalhadas sobre processos em andamento.
- Contato com o autor da ação, passando-se por advogado associado ao caso.
- Criação de narrativa de “vitória” e necessidade de pagamento imediato de custas ou honorários.
- Envio de dados bancários para depósito ou transferência via PIX.
- Após o repasse do dinheiro, rápida movimentação dos valores para dificultar o rastreamento.
Dicas de prevenção
Especialistas em segurança recomendam:
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- Não efetuar pagamentos imediatos após contatos inesperados.
- Confirmar a informação com o advogado que já acompanha o processo.
- Acompanhar o andamento da ação nos sites dos tribunais.
- Desconfiar de pedidos de urgência para quitar taxas judiciais.
- Registrar boletim de ocorrência em caso de suspeita de fraude.
- Jamais fornecer senhas ou códigos de verificação por telefone.
Os presos foram levados para o Distrito Federal, onde responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e violação de dados, entre outras infrações previstas na legislação.
Com informações de TecMundo
