Produtos “saudáveis” podem conter altos níveis de sódio, açúcar e aditivos, alertam especialistas

Itens com rótulos “light”, “integral”, “fitness” ou “natural” nem sempre correspondem à expectativa de alimentação equilibrada. Nutricionistas lembram que muitos desses produtos pertencem ao grupo dos ultraprocessados, caracterizado pelo uso de aditivos químicos, excesso de sal, açúcar e gorduras que, consumidos regularmente, podem colaborar para hipertensão, ganho de peso e outros problemas de saúde.

Amendoim torrado e salgado

A versão industrializada costuma entregar altos teores de sódio, óleos de baixa qualidade e conservantes. Além disso, armazenamento inadequado favorece a presença de aflatoxinas, toxinas produzidas por fungos. A recomendação é optar por grãos naturais, sem sal e de marcas confiáveis.

Sucos de caixinha

Apesar da imagem de “porção de frutas”, a maior parte desses produtos traz água, açúcar, aromatizantes e corantes, com quantidade reduzida de fruta verdadeira. Mesmo rótulos “100%” podem ter valor nutricional inferior ao do suco fresco.

Vegetais desidratados

Práticos, mas muitas vezes recheados de sódio, óleos hidrogenados e aditivos para garantir crocância. Versões sem esses componentes ou preparadas em casa são alternativas mais adequadas.

Sementes embaladas

Chia, linhaça, girassol e abóbora oferecem fibras e gorduras benéficas, porém, quando chegam ao mercado misturadas a açúcar, mel ou sal, perdem parte das vantagens. Armazenamento incorreto também acelera a oxidação das gorduras.

Pães e bolachas integrais

O nome “integral” pode mascarar o uso majoritário de farinha refinada, açúcar e conservantes. Para garantir fibras, é essencial verificar se a farinha integral aparece em primeiro lugar na lista de ingredientes ou recorrer a versões artesanais.

Gelatina pronta

Considerada sobremesa de baixa caloria, oferece pouco valor nutricional. Produzida basicamente com açúcar, corantes e aromatizantes, carrega quantidades irrisórias de proteína e colágeno. Preparações caseiras com suco natural e gelatina incolor são opções mais saudáveis.

Sal rosa do Himalaia

Embora contenha minerais como ferro e cálcio, os teores são mínimos e não compensam o consumo elevado de cloreto de sódio. O uso excessivo, assim como o do sal comum, eleva o risco de hipertensão.

Requeijão industrializado

Popular no café da manhã, apresenta altas doses de gordura saturada, sódio e estabilizantes. A ingestão frequente pode aumentar colesterol e pressão arterial. Prefira versões artesanais ou com menor teor de sal e gordura.

Peito de peru fatiado

Vendido como alternativa magra aos embutidos tradicionais, recebe grandes quantidades de sódio, nitrito e nitrato para conservação, além de glutamato monossódico. Estudos associam esses aditivos ao maior risco de câncer colorretal.

Sopas instantâneas

Prontas em minutos, concentram quase todo o limite diário recomendado de sódio em uma porção, além de gorduras saturadas e realçadores de sabor. O valor nutricional é baixo por conter poucos vegetais reais.

Consumo consciente

Mesmo alimentos que oferecem vitaminas e fibras podem contribuir para desequilíbrios quando consumidos em excesso. Profissionais de saúde aconselham moderação e leitura atenta dos rótulos, buscando orientação individualizada para escolhas mais adequadas.

Com informações de Olhar Digital