A investigação sobre o furto das joias de Napoleão Bonaparte, estimadas em 88 milhões de euros, trouxe à tona fragilidades críticas nos sistemas de TI do Museu do Louvre. Documentos de uma inspeção realizada em 2014 pela Agência Nacional Francesa para a Segurança de Sistemas de Informação apontam que a senha do servidor de videovigilância do museu era simplesmente “Louvre”. O mesmo problema foi identificado no software de segurança da fornecedora Thalès, protegido pela senha “Thales”.
O roubo ocorreu em 19 de outubro, quando quatro pessoas vestidas como operários, com coletes amarelos, entraram na Galeria Apollo e levaram, em poucos minutos, as peças históricas pertencentes a Napoleão. Os criminosos deixaram o local sem serem detectados pelos sistemas de segurança.
Prisões e indiciamentos
Até o momento, sete pessoas foram detidas; quatro delas foram indiciadas. Três são apontadas como executoras diretas do furto, enquanto uma quarta é suspeita de participação como cúmplice. Segundo a promotora de Paris, Laure Beccuau, os acusados não integram redes internacionais de crime organizado. Trata-se de criminosos comuns residentes em Seine-Saint-Denis, na periferia de Paris.
Entre os suspeitos há um casal que vive com filhos pequenos. Um dos principais investigados, de 37 anos, possui 11 antecedentes criminais, dez deles por roubo qualificado, além de infrações de trânsito, e optou por não prestar depoimento. Outro integrante aguardava julgamento por tentativa de arrombamento de caixa eletrônico.
Possíveis cúmplices
As autoridades acreditam que o grupo agiu por conta própria, mas não descartam a existência de outros envolvidos. Pelo menos uma pessoa continua foragida, e as investigações seguem para localizar possíveis apoiadores.
Imagem: Internet
A revelação de senhas triviais em sistemas de segurança reforça as dúvidas sobre o nível de proteção do museu, que agora lida não apenas com o impacto do roubo, mas também com críticas à sua gestão de segurança da informação.
Com informações de CISO Advisor

