A Starlink atingiu a marca de 600 mil usuários ativos no Brasil em outubro de 2025, três anos após iniciar operações no país, em maio de 2022. O salto é expressivo: eram 334 mil clientes em janeiro deste ano.
O serviço de banda larga por satélite, da empresa de Elon Musk, está distribuído entre residências, negócios e, de forma crescente, aplicações agroindustriais. Colheitadeiras e tratores da fabricante Stara, por exemplo, já saem de fábrica com terminais da Starlink instalados.
Alcance em áreas remotas
A maior concentração de assinantes permanece na região Norte e na Amazônia Legal, onde comunidades rurais, postos de saúde e equipes de emergência dependem da conexão via satélite em locais economicamente inviáveis para a fibra óptica. Segundo a empresa, mais de 7 mil escolas públicas em todas as regiões já utilizam o serviço.
Divergência nos números oficiais
Embora a companhia divulgue 600 mil usuários, os registros públicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam 422 mil acessos. A diferença, de acordo com especialistas, decorre do atraso na atualização dos dados governamentais e de critérios distintos de contabilização, como acessos em roaming e contratos corporativos.
Velocidade em alta
Paralelamente ao avanço de clientes, a velocidade média global de download da Starlink subiu de 145 Mbps em janeiro para 220 Mbps em outubro, incremento de 50%. No Brasil, o ganho resulta em menor latência e maior estabilidade, fatores decisivos para operações agrícolas em tempo real.
Imagem: William R
Concorrência se prepara
A Anatel liberou testes da rede Kuiper, da Amazon, enquanto a chinesa SpaceSail planeja entrar no mercado em 2026. As novas ofertas podem reduzir a participação de 46% que a Starlink detém hoje no segmento nacional de satélites.
Ofensiva de preços
Para reforçar a base de clientes, a empresa reduziu em outubro o preço do kit Mini para R$ 799, o menor desde o lançamento, e passou a oferecer o plano residencial por R$ 164 mensais durante o primeiro ano.
Com informações de Hardware.com.br