Uso correto do travesseiro influencia postura, respiração e qualidade do sono

Manter uma noite de descanso reparador ainda é um desafio para grande parte da população. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 72% dos brasileiros apresentam algum tipo de distúrbio do sono. Dentro desse cenário, especialistas destacam o travesseiro como peça-chave para alinhar a coluna e facilitar a respiração durante o repouso.

Por que o travesseiro é importante?

O principal papel do travesseiro é sustentar a cabeça e preservar a curvatura natural da coluna cervical. Quando o suporte é adequado, há menor tensão sobre pescoço e ombros, redução de dores musculares e prevenção de problemas como ronco e apneia do sono. Em contrapartida, modelos inadequados podem levar a torcicolos, desconforto crônico e piora de distúrbios respiratórios.

Benefícios do uso correto

Alinhamento da coluna: o suporte correto mantém vértebras cervicais alinhadas.

Menos dores: postura equilibrada diminui riscos de torcicolos, enxaquecas tensionais e lombalgias.

Respiração facilitada: posição correta da cabeça ajuda a manter vias aéreas desobstruídas, reduzindo ronco e interrupções do sono.

Riscos de dormir sem travesseiro

Dispensar totalmente o travesseiro pode comprometer o alinhamento cervical, sobrecarregar músculos do pescoço e favorecer dores frequentes. A ausência de suporte também facilita o estreitamento das vias respiratórias, aumentando a probabilidade de ronco e agravando quadros de apneia.

Travesseiro ideal para cada posição

De lado: especialistas recomendam travesseiro firme e mais alto para preencher o espaço entre ombro e cabeça; uma almofada entre os joelhos ajuda a reduzir pressão na bacia.

De costas: modelos mais baixos e macios impedem que a cabeça fique elevada demais, prevenindo dores cervicais e facilitando a respiração.

De bruços: posição menos indicada; se inevitável, o ideal é usar travesseiro muito baixo ou nenhum para evitar inclinação excessiva da coluna.

Principais tipos de travesseiro

Viscoelástico (espuma “da NASA”): molda-se à cabeça e ao pescoço, distribuindo pontos de pressão.

Látex: mais firme e durável, oferece sustentação prolongada, especialmente para quem dorme de lado.

Ortopédico: desenhado para corrigir postura e aliviar dores crônicas, útil em casos de apneia.

Hipoalergênico: evita acúmulo de ácaros, poeira e fungos, indicado para pessoas alérgicas.

Cuidados e troca periódica

Profissionais de saúde aconselham substituir o travesseiro a cada um ou dois anos, período em que o material perde sustentação e acumula microrganismos. Capas protetoras antialérgicas e lavagem regular das fronhas completam a higienização. Especialistas lembram ainda que colchão e travesseiro devem agir em conjunto: não basta investir em um se o outro não oferece o suporte adequado.

Manter atenção ao tipo, à altura e à conservação do travesseiro pode, portanto, representar diferença significativa na qualidade do sono e na saúde da coluna.

Com informações de Olhar Digital