Entenda o que é unicast e por que ele sustenta a maior parte do tráfego na internet

Unicast é o modelo de transmissão de dados mais utilizado na internet. Nesse formato ponto a ponto, um único remetente envia pacotes diretamente a um destinatário específico, garantindo que apenas o receptor indicado receba a informação.

Como funciona

A comunicação ocorre por meio de endereços IP exclusivos. O dispositivo de origem encapsula os dados, acrescenta o endereço IP do destino no cabeçalho do pacote e envia o tráfego pela rede. Roteadores direcionam o caminho até o receptor, enquanto protocolos como TCP e UDP controlam a transferência. O TCP assegura entrega ordenada e confirmação de recebimento; o UDP privilegia a velocidade, sem verificação de chegada.

Aplicações mais comuns

Entre os serviços que dependem de unicast estão:

  • Navegação na web: o navegador solicita conteúdo a um servidor, que devolve páginas e imagens diretamente ao visitante;
  • E-mail: clientes e servidores trocam mensagens em conexões dedicadas;
  • Streaming sob demanda: plataformas como Netflix e Disney+ enviam vídeo individualizado a cada usuário;
  • Jogos on-line: cada console ou PC mantém comunicação única com o servidor do jogo;
  • Transferência de arquivos: protocolos FTP e SFTP transferem dados de forma direta entre cliente e servidor;
  • Videoconferências privadas: conexões seguras permitem troca de áudio e vídeo entre dois participantes;
  • VPNs: túneis criptografados protegem o tráfego entre o dispositivo do usuário e o servidor remoto.

Vantagens

  • Entrega personalizada e direcionada;
  • Uso eficiente da largura de banda para comunicação individual;
  • Maior confiabilidade com confirmações de recebimento (quando em TCP);
  • Facilidade para aplicar criptografia e autenticação;
  • Adequado para aplicações interativas em tempo real.

Desvantagens

  • Ineficiência quando muitos dispositivos precisam do mesmo conteúdo, pois cada um recebe uma cópia separada;
  • Maior consumo de recursos no servidor de origem;
  • Ausência de redundância nativa: se o servidor cair, o serviço fica indisponível;
  • Susceptibilidade a ataques DDoS, por concentrar o tráfego em um único ponto;
  • Possível aumento de latência para usuários geograficamente distantes.

Alternativas

Dependendo da necessidade, arquiteturas como multicast (um-para-muitos), broadcast (um-para-todos), anycast (mesmo IP em vários servidores, com roteamento para o mais próximo) e geocast (envio a destinos em uma área geográfica específica) podem substituir o unicast para otimizar a distribuição de dados.

Mesmo com limitações em grandes audiências, o unicast permanece essencial para navegação, e-mail e outros serviços que exigem troca direta e privada de informações.

Com informações de Tecnoblog